APAIXONADAMENTE

Quando a ti chegarem filhos

Como os que a outros vieram

Tão carentes ao desamparo

E tão fortes se fizeram

Que ancestrais os esperem

Que não os ponham em trilhos


Que os mostrem antiquários

Daqueles que te foram novos

Campanários que bimbalhem

De alegria fogosos

Que da vida os afastem

Das chaves dos claviculários


Com que fechastes as portas

Das janelas tirem trancas

Que circulem como os ventos

Pelas margens das barrancas

Dos rios que cata-ventos

Girem que movam comportas


Daquelas que prendem as águas

Que alagam os ribeirinhos

Que afugentam os bichos

De pêlo os cordeirinhos

Que te amem sem ter nichos

Que prendem teus pais, sem mágoas.

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