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SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

Sonho de uma noite de verão  verão como é ela só por imagem a tez ebúrnea lírio do campo a voz macia assim suave um modo de falar como aragem qual vento sul só que cálido ao lhe ouvir como que pálido fico a cismar doce imagem deixo em verso não me dá prosa um olhar cinza azulado um abraço imagino apertado como será seu beijo, goza?  Charles Fonseca

THEOBROMA CACAO

até houve aos pés os nomes  dos hostis dos inimigos ele entre os outros amigo um vodu um rito infame   e ele a se fazer de inocente daquela trama tão fatal de não querer o bem só o mal o punhal da traição veio em frente a cada dia passo a passo na surdina à sorrelfa  o plantio na floresta o Theobroma cacao

APELO

meu canto minha história humanos ouvi a canto embora ela não oiça é linda é o meu amor a minha memória  foi minha a queda não quero partir sem seu olhar pra mim foi brejeiro foi minha fonte o meu regato fui posto à margem cheirinho de mato choro saudades o tempo é ligeiro escoa qual fino grão de areia branca com brilhos de antigas estrelas  chuvinha de prata o vate apela onde está ela no céu podem vê-la?

UMA PEDRA

Uma pedra foi ao fundo Do leito lago, balanço, Pós ondas segue o remanso, Das tantas que teve o mundo. Uma pedra afundou No peito do ser amante Qual num lago azul distante Do céu que ele espelhou.

TRÓPICO

Há debaixo do Equador uma linha de amor, fio escarlate  e dela tece o destino saudade  nas velas pandas do amor é de Capricórnio chamado o trópico que delimita tenue agonia de espera sofrida tipo agonia de negar um amar utópico o mundo dá muitas voltas querem me tirar de sua vida mas não posso, alguém cicia, a maré baixa, triste trópico

A democracia é o bem maior

Preciso do sensível para atingir o inefável