Há mentiras nos vivos não reveladas,

Há verdade escondida nos cemitérios,

Há vivas versões de muitos mistérios,

Há loucas paixões em castiçais veladas.

Há acertos cabais que foram erros,

Há os erros confessos não perdoados,

Há perdões impossíveis não consumados,

Há mortos vivos, vivos mortos em enterros.

Há silêncios que falam há gritos roucos,

Há cegos videntes há olhares turvos,

Há caminhos retos que ao longe são curvos

Há carentes de afetos sem eles moucos.

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