A casa de campo

Conheço aquela mulher como poucos desde os 21 anos. Audaz, pretensiosa, corajosa. Sincera na sua atividade profissional. Incorruptível.

As voltas que a vida dá nos distanciou sob  tantas flechas que o general Aníbal haveria de tremer à  sombra delas.

Quis a boa vontade do peito dos humanos que conversássemos de novo por meia hora na qual um ou outro evento dos ultimos 50 anos transitaram. Os netos como tema principal. Afinal específicos de avós.

Que vão bem patati patatá. 

A vida ensinou àquela senhora ser discreta no falar, atenta no ouvir. Ouve os cicios das aragens, o silvo dos ofídeos, o canto noturno da cavala. O cantar dos galos marcando a aurora. O gado a mugir, o relincho dos equestres. Sozinha, administra a propriedade rural onde seu pai contruiu um bela casa a que chamava de seu quartel general. Um Aníbal imaginário. Renunciou a direitos que o tempo não lhe daria margem a usufruir. A justiça tarda ê injusta. Só quer a paz de sua casa de campo e nada mais. Saudosa Elis Regina! Uma rainha a ti sucede.

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