O CEGO
O cego na rua passava a sorrir
E eu na calçada olhava sem graça.
O olhar da mulher anunciando desgraça
Dizendo, com enfado, como estás eu vou ir.
A vista do cego era qual negra noite
Mas a sua face era qual luz do dia
Sua alma era alegre já a minha carpia
A ida da bela sem mais um pernoite.
O dia se ia, sozinho eu ficava
Olhando as mulheres pra mim todas nuas,
Tão perto, distantes, a andar pelas ruas.
A minha uma pedra em meu peito deixara.
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