DESPETALANDO

Quanto tempo não fui pai

Tantos filhos que não tive

Afetos que não obtive

Minha vida se esvai


Como a névoa da manhã

Pós a treva como o orvalho

Despetala flor do galho

Adormece a sorte vã


De esperar ao sol poente

Já em prata pêlos cãs

Acorda a esperança chã

De filhos ter novamente


Agora porém como netos

Meus quem sabe adotivos

Vão-se as paixões pelos idos

Vêm-me amores tão ternos!

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