CONTAS À BEIRA MAR

CONTAS À BEIRA-MAR

Charles Fonseca


Reflui a vida ao mar

Na vazante da maré

Corais afloram a pé

Mistérios de Iemanjá


Saudades do marinheiro

Das contas que ele lhe dá

Das vindas dele inteiro

Das voltas do lado de lá


Assim é a vida na terra

Do homem que vem do mar

Dela sua falta se encerra

Nos ais de Iemanjá


Que é mulher vaidosa

Que quer receber presente

Se reflui maré ausente

Vai-se mas volta gostosa


Ai, o pobre marinheiro

Rico que é de ilusão

Faz-lhe versos e então

Chora do seu devaneio.

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