CANGAÇO

Passageiro tu que andas

Pelas ruas e vielas

Dize-me por entre velas

Se ela mandou lembrança


Daqueles tempos de outrora

Daquele riso tão largo

Montada em mim em cangaço

Eu seu cavalo na aurora


De sua vida chegada

De susto sem previsão

Sem mais nem menos então

Eu cavalo relinchava


Se a vires por aí

Tão cheia de objetos

De planos diz que abjeto

Estou sem ela a sorrir


Diz também que eu já cansado

De esperar pelo porvir

De ir a ela e ela ir

Se afastando pelo lado


Que estou aqui qual dantes

À mercê da ilusão

De amar por alusão

A ela tal qual foi antes.

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